O Centro Terapêutico de Acolhimento Pró Vida (Comunidade Terapêutica) foi fundado em 1992 pela Primeira Igreja Presbiteriana de Itajaí. Durante os 32 anos de sua existência, sempre enfatizou a importância das atividades práticas inclusivas no Programa Terapêutico de usuários de substâncias psicoativas, portadores ou não do vírus de HIV.
As atividades práticas inclusivas, no contexto das comunidades terapêuticas, referem-se ao uso de estratégias como parte integrante do processo de reintegração de indivíduos com dependência química. Essas atividades podem incluir tarefas relacionadas à agricultura, jardinagem, marcenaria, artesanato, EJA, grupos, palestras, devocionais, atividades esportivas (jiu-jitsu, tai chi, futebol), além do tempo livre para direcionarem o seu próprio querer, porém sempre supervisionado e com intervenção somente se for algo prejudicial a si e aos outros.
Estas ações propostas visam proporcionar aos participantes uma ocupação construtiva e terapêutica, promovendo a aquisição de habilidades práticas, autoestima, senso de responsabilidade e integração social. Além disso, ao envolver os acolhidos em atividades produtivas e significativas, com isto, contribuindo para o fortalecimento do senso de propósito e a prevenção de recaídas, sendo um componente essencial na jornada de reestruturação. Buscando conciliar o processo de resgate físico, mental e espiritual do acolhido.
Durante o programa terapêutico, torna-se evidente a necessidade de lidar com diversas dificuldades decorrentes das comorbidades associadas ao uso de substâncias psicoativas, tais como, crises de abstinência, baixo autoestima, desmotivação, doenças decorrentes da própria condição, debilitação física, entre outros fatores.
Assim, reconheceu-se a necessidade de desenvolver uma ação que pudesse identificar e mensurar a importância destas atividades como ferramentas no desenvolvimento e motivação dos internos durante o programa terapêutico.
O apoio psicossocial e espiritual oferecido pela Equipe Técnica (psicóloga, assistente social e coordenador geral) desempenha um papel crucial nas comunidades terapêuticas. Esses profissionais fornecem suporte emocional, ajudando os acolhidos a enfrentar desafios internos e a lidar com questões subjacentes à dependência química ou ao HIV. Por meio de sessões terapêuticas individuais e em grupo, eles ajudam os acolhidos a compreender e a lidar com suas emoções, traumas passados e padrões comportamentais prejudiciais.
Além disso, o trabalho desses profissionais visa promover o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal, capacitando os acolhidos a identificar e superar obstáculos em seu caminho para a recuperação. Eles oferecem ferramentas práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com o estresse, ansiedade e outros desafios emocionais que possam surgir durante o processo de acolhimento.
A presença dos profissionais qualificados nas comunidades terapêuticas também contribui para a construção de um ambiente de apoio e compreensão mútua entre acolhidos. As interações terapêuticas ajudam a criar um espaço seguro onde os indivíduos se sintam ouvidos, compreendidos e aceitos, facilitando a expressão de seus sentimentos e preocupações.
Este trabalho dedicado e especializado contribui significativamente para o bem-estar emocional e o progresso dos acolhidos, fortalecendo sua capacidade de enfrentar os desafios da recuperação e alcançar uma vida mais saudável e satisfatória.
Também atuamos na espiritualidade dos indivíduos. Além de oferecer apoio emocional e um senso de propósito, ela proporciona uma base para a conexão com os outros e fortalecer a resiliência. A espiritualidade é vista como uma busca pela harmonia entre a vontade divina e a vida humana, incentivando a reflexão, a oração e o engajamento em práticas que promovam o crescimento pessoal e a transformação moral. Assim, a espiritualidade não apenas auxilia na recuperação dos acolhidos, mas também os orienta na busca por uma vida plena e significativa.
R. Álvaro Beraldi, 61
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